Obter uma panorâmica precisa, com alta qualidade de imagem, é fundamental quando falamos em diagnóstico clínico. No entanto, vai muito além disso. Afinal, a qualidade da imagem também pode interferir diretamente na economia da sua clínica ou consultório, devido a repetição de exames, por exemplo.
Além disso, é importante ressaltar que a qualidade das radiografias panorâmicas também está relacionada à satisfação e à experiência do seu paciente, pois a repetição de exames gera mais transtorno, demanda um tempo maior de atendimento e até mais sessões clínicas.
Mas, para obter radiografias panorâmicas de alta qualidade, é importante primeiro conhecer os fatores que interferem em sua qualidade. Veja a seguir 5 fatores que interferem na qualidade da sua panorâmica:
Densidade
A densidade é, basicamente, o grau de escurecimento da imagem, quanto maior a densidade, mais escuras ficam suas radiografias panorâmicas.
Para controlar a densidade é necessário controlar a quantidade de raios-X emitida, quanto maior a duração do exame, mais densa e, portanto, mais escura a imagem.
Entretanto, há alguns outros fatores que podem interferir na densidade das suas radiografias panorâmicas, como a variação de densidade do objeto, ou seja, a variação na estrutura corpórea de cada paciente e o protocolo de aquisição (protocolo de dose).
Vale lembrar que radiografias panorâmicas cuja densidade seja muito baixa não são aceitas para diagnóstico, o ideal é encontrar um equilíbrio.
Contraste
O contraste pode ser definido como a diferença das densidades em estruturas adjacentes, ou então a quantidade de tons de cinza entre as cores branca e preta das suas radiografias panorâmicas. É o contraste que evidencia detalhes anatômicos, bem como possíveis lesões. Essa característica pode influenciar diretamente no seu diagnóstico.
O controle do contraste é feito através da quilovoltagem (kVp), que é o fator determinante para o nível de penetração dos raios-X. Ou seja, quanto maior o kVp, mais contrastante a imagem, o que significa que a imagem apresentará escala curta de cinza, com tons preto e branco.
Um dos benefícios das radiografias digitais neste caso é que o contraste e o brilho podem ser alterados após a obtenção da imagem, de forma digital, não sendo necessário repetir o exame.
Distorção
A distorção está diretamente relacionada à forma e ao tamanho dos tecidos na imagem. A distorção pode ocorrer se o paciente for posicionado de forma incorreta no equipamento para a realização do exame. Imagens muito distorcidas não podem ser aceitas para diagnóstico.
Artefatos radiológicos
Os artefatos radiológicos são bem conhecidos nas radiografias panorâmicas, se apresentam como deformações na imagem geradas por intervenção externa, geralmente de algum metal.
Os artefatos de imagem podem ser originados:
- Artefato metálico: próteses, joias, óculos etc.;
- Artefato pela sobreposição do avental de chumbo;
- Artefato de movimento: movimento do paciente durante a aquisição da imagem e/ou movimento (balanço) do equipamento;
- Artefato por falha no processo de obtenção da imagem digital: formação de linhas na imagem causadas por problemas de amostragem insuficiente dos sinais digitais ou erros de comunicação durante o processo de formação da imagem;
- Artefato por falha no alinhamento do colimador: pode gerar imagens radiopacas que se sobrepõem à anatomia do paciente.
Ruído na imagem
O ruído na imagem radiográfica é classificado como uma variação aleatória da densidade de fundo da imagem. Essa variação pode se apresentar na forma de granulação ou textura nas radiografias panorâmicas, por exemplo, e atrapalha de forma considerável o seu diagnóstico final, quando não o inviabiliza.
Obter radiografias panorâmicas mais precisas é possível!
Além de evitar os 5 fatores mencionados aqui, há outra maneira de conquistar diagnósticos mais seguros e eficientes através das radiografias panorâmicas.
