Data da postagem: 19/09/2022

Doenças sistêmicas: saiba os cuidados você deve ter nas diversas especialidades

Atualmente, é cada vez mais comum pacientes com determinadas doenças sistêmicas buscarem atendimentos em consultórios odontológicos, esperando do profissional conhecimentos e cuidados especiais em relação a sua condição. Então, confira neste blog como essas doenças podem impactar as principais especialidades odontológicas.

Ortodontia

Na era de alinhadores invisíveis, a busca por tratamentos ortodônticos é crescente, inclusive por parte dos pacientes adultos acima dos 50 anos.

Porém, alterações na remodelação óssea induzidas por fatores sistêmicos, como as que ocorrem nas doenças do metabolismo ósseo, mais especificamente na osteoporose, afetam a movimentação dentária por meio do envolvimento com o osso alveolar. Nesses casos, em exames de imagem, pode-se observar erosões na cortical inferior da mandíbula que são classificadas de acordo com o índice de Klemetti.

Por isso, o profissional deve saber quando será possível ou não intervir com o tratamento ortodôntico, visando seu planejamento adequado e o resultado esperado.

Implantodontia

A busca por implantes está cada vez mais alta nos consultórios. Porém, o sucesso do tratamento depende, em grande parte, das condições gerais de saúde dos pacientes.

Em pacientes com diabetes mellitus, por exemplo, há o comprometimento do fluxo sanguíneo e a neovascularização do tecido ósseo na doença não controlada, ocorrendo a diminuição na formação dos osteoblastos, o que aumenta as chances de insucesso do procedimento.

Outro cuidado que deve ser tomado é na escolha de anestésicos antes do procedimento para pacientes com hipertireoidismo não controlado. Isso, porque eles são altamente sensíveis à adrenalina, fazendo com que o emprego de anestésicos locais com essa substância é formalmente contraindicado com o risco de surgimento de crise tireotóxica. Além disso, há evidências que esses pacientes podem apresentar algumas características típicas como alterações nos tecidos ósseos da face (osteoporose do osso alveolar) e aumento da reabsorção óssea provocada por alteração em seu metabolismo. Essa redução generalizada de densidade óssea pode ser observada em panôramicas do paciente, por exemplo. Dessa forma, é necessário se atentar a essas questões para fazer o planejamento ideal do seu paciente.

Periodontia

Pacientes portadores de diabetes mellitus devem fazer acompanhamento periodontal frequente, uma vez que possuem um maior risco de desenvolver doença periodontal.

Nesses casos, pacientes com diabetes mellitus são passíveis de produzirem alterações na mucosa bucal, principalmente gengival. Há evidências de que diabéticos apresentam anormalidades de desenvolvimento de maxila e mandíbula, com diminuição dos parâmetros cefalométricos e atraso de desenvolvimento esquelético, o que predispõe a má oclusão. Além disso, sabe-se que essa condição sistêmica está intimamente associada à doença periodontal, tanto em severidade quanto em prevalência, sendo possível a visualização radiográfica da perda óssea acentuada, uma vez que afeta o processo de formação e mineralização do osso

Se não houver cuidados necessários, a progressão da periodontite pode levar a desgaste ósseo, retração gengival, causando diversos prejuízos ao paciente. Para evitar esses problemas, é importante que todo paciente com diabetes mellitus mantenha os níveis de glicose controlados, tendo um correto acompanhamento médico junto a um tratamento eficiente.

Como potencializar os cuidados e prevenir insucessos nos tratamentos odontológicos?

Além de tomar alguns cuidados, fazer uma anamnese eficiente e realizar uma investigação adequada é essencial para poder ter mais previsibilidade nos resultados dos seus tratamentos.

Você sabia que exames de imagem da cavidade oral podem auxiliar a identificação de doenças sistêmicas importantes, como diabetes mellitus, hipertireoidismo, osteoporose?

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