Os exames de diagnóstico por imagem são essenciais para complementar a avaliação clínica e para a elaboração do plano de tratamento do paciente.
Porém, é importante ressaltar que as informações obtidas por meio de radiografias convencionais podem ser limitadas, uma vez que as estruturas anatômicas tridimensionais são representadas em apenas duas dimensões.
Essa configuração pode levar a sobreposição de estruturas e dificultar a visualização das condições reais dos maxilares, aumentando as chances de insucesso no tratamento.
Nesse sentido, a tomografia é muito bem-vinda nos casos em que é necessária uma visão mais detalhada da estrutura, permitindo um correto plano de tratamento e um diagnóstico preciso.
Quer saber quando deve solicitar esse tipo de exame e garantir o correto manejo do seu paciente?
Acompanhe esse blog até o final!
Tomografia computadorizada Cone Beam (TCCB)
É um tipo específico de tomografia computadorizada que utiliza um feixe de raios X em forma de cone para capturar imagens em 3D de alta resolução das estruturas maxilofaciais.
O feixe de radiação em forma de cone captura todas as informações das estruturas do crânio ou da região específica a ser avaliada por meio de uma única rotação do aparelho pela cabeça do paciente, tendo assim, a aquisição do volume total, maxila e mandíbula em uma único momento ou da área de interesse.
Além disso, ela pode ser utilizada para o planejamento de implantes dentários, avaliação de lesões ósseas e diagnóstico de distúrbios da ATM.
Algumas das principais vantagens desse tipo de tomografia são:
- Ausência de sobreposição de imagem;
- Menor exposição à radiação;
- Obtenção de imagens de alta qualidade e com menos artefatos;
- Menor custo.
Aquisição da imagem em tomografia
Com a exposição do corpo a feixes de raios X, são formadas as imagens em seções ou “fatias” do corpo.
Essas imagens são tridimensionais e podem ser visualizadas em diferentes planos, permitindo uma avaliação precisa das estruturas maxilofaciais.
As reconstruções multiplanares e os cortes seccionais fornecidos pela tomografia computadorizada permitem uma visualização mais detalhada e precisa das estruturas do que as radiografias convencionais.
Dessa forma, a tomografia é uma ferramenta valiosa para o diagnóstico e planejamento do tratamento de diversas condições maxilofaciais.
Quando eu devo solicitar uma tomografia?
A tomografia computadorizada cone beam tem vasta aplicabilidade na Odontologia e todas as especialidades podem ser beneficiadas com este tipo de exame.
Dessa forma, a tomografia é uma ferramenta essencial em grande parte dos casos, para que possa ser feito o correto plano de tratamento, além do diagnóstico preciso do paciente.
Confira as principais indicações da tomografia:
1 – Determinar quantidade e inclinação do rebordo ósseo alveolar para implante:
É possível avaliar a densidade óssea, a altura e largura do osso alveolar, além da presença de estruturas anatômicas importantes.
Além disso, o detalhamento da imagem permite a escolha do tamanho e formato do implante mais adequado para cada caso, possibilitando a avaliação da viabilidade do implante e o planejamento da cirurgia de forma mais precisa e segura.
2 – Avaliar posicionamento dos implantes fixados:
A tomografia permite avaliar o posicionamento dos implantes fixados, permitindo uma análise precisa da posição, angulação e adaptação do implante, além de identificar possíveis problemas que podem comprometer a estabilidade do implante a longo prazo.
3 – Localizar elementos inclusos e sua relação com estruturas adjacentes:
Com esse exame de imagem, é possível localizar elementos inclusos e avaliar sua relação com as estruturas adjacentes, permitindo um planejamento mais preciso e seguro do tratamento.
4 – Avaliar relação entre diâmetro das raízes e as tábuas ósseas vestibulares e linguais:
A visualização 3D das estruturas permite analisar o tamanho das raízes dentárias em relação às tábuas ósseas vestibulares e linguais.
Isso é importante porque a determinação da espessura das tábuas ósseas é fundamental para o planejamento de procedimentos cirúrgicos, como a instalação de implantes dentários ou exodontias.
5 – Visualizar tamanho, forma e número de canais radiculares:
A visualização do tamanho, forma e número de canais radiculares é extremamente útil para o sucesso do tratamento endodôntico.
Com ela, é possível determinar a presença de canais radiculares adicionais ou calcificações que não foram detectadas em radiografias convencionais.
6 – Delimitação e avaliação de patologias:
A tomografia permite delimitar e avaliar patologias em diversos tecidos e estruturas do corpo, possibilitando uma avaliação precisa da extensão e da localização das lesões e ajudando no planejamento correto do tratamento.
Além disso, pode ser usada para avaliar a densidade óssea e detectar alterações patológicas como lesões líticas ou escleróticas, informações essas essenciais para o diagnóstico e acompanhamento de doenças ósseas, como tumores ósseos e doenças metabólicas.
7 – Realizar planejamento cirúrgico virtual:
O planejamento cirúrgico virtual é muito utilizado em casos de instalação de implantes dentários, por exemplo.
Com as imagens tomográficas, o profissional pode visualizar a estrutura óssea tridimensionalmente, determinando a quantidade e inclinação do rebordo ósseo alveolar, identificando a posição de estruturas anatômicas importantes e selecionando os pontos de inserção dos implantes com maior precisão.
Além disso, é possível simular a colocação dos implantes dentários virtualmente, a fim de definir o tamanho, forma e posição ideais de cada um.
Com isso, é possível planejar o procedimento de forma mais precisa, reduzindo o risco de erros e aumentando a segurança e eficácia do tratamento.
